Estudos Literários
O Ditirambo era uma das formas do teatro
grego. Tinha como texto a poesia lírica, escrita para ser cantada por um coro
de muitos membros e, por vezes, dançada. Realizava-se em cerimônias de
homenagem ao deus Dionísio.
Pantomima é a arte
de narrar com o corpo. Um tipo de teatro gestual, de origem grega. Na pantomima procura-se fazer o menor uso possível da
palavra. Na Antiguidade Romana, eram erguidas enormestendas, com capacidade de abrigar
quarenta mil pessoas, para as encenações de pantomimas. Utilizando-se da
música, um ator mascarado representava todos os papéis.
O Entremés era um tipo de peça teatral
de um só ato que se caracterizava pela comicidade e pela brevidade, pois a
trama e o conflito eram mínimos. Os personagens oscilavam entre três e cinco e
representavam as classes sociais baixas e populares em situações absurdas e
grotescas a fim de provocar o riso fácil. A representação se dava nos
intervalos dos atos de uma obra principal.
O Auto também é uma peça teatral em um só ato (auto), e de
caráter predominantemente religioso, embora existam obras de temática profana e
satírica, mas sempre com preocupações moralizantes. A princípio,
eramrepresentadas em solenidades cristãs. Com o surgimento de grandes autores,
o "auto" transcendeu essa finalidade, tornando-se gênero autônomo e
de alto significado literário.
Os Milagres (dramas litúrgicos) retratavam
a vida da Virgem Maria, de Cristo, dos Santos, etc. Nas representações, por
vezes, apareciam pessoas a quem os Santos ajudavam ou personagens da época, o
que atraia grande interesse público. Com o decorrer do tempo os milagres (ao
contrário dos mistérios e das moralidades) não sofreram alterações no conteúdo
e na forma de representar, mantendo sempre a forma original, o que levou ao seu
abandono progressivo.
Os Mistérios (dramas litúrgicos) tinham
como tema principal as festividades religiosas descritas nas Sagradas
Escrituras. O Natal, a Paixão, a Ressurreição, a Páscoa, eram os episódios mais
frequentemente representados. Às vezes, estas representações duravam vários
dias. No início da Idade Moderna, misturou-se, abusivamente, o litúrgico e o
profano, o que levou a Igreja proibir a representação dos mistérios.
As Moralidades (dramas litúrgicos) debatiam
a questão religiosa sob a ótica do comportamento e do destino final do homem.
Tinha um caráter mais intelectual do que os mistérios e os milagres. Em vez de
utilizar as personagens da Bíblicas, servia-se de personagens alegóricas como a
Luxúria, a Avareza, a Esperança, a Guerra, entre outras. Essas figuras
personificavam defeitos, virtudes, acontecimentos, etc., com a intenção de
transmitir lições morais e religiosas, e até, por vezes, políticas. Raramente
continham sátiras ou pretendiam levantar polêmicas. Mais do que todos os outros
tipos de teatro, a moralidade pode ser considerada um grande passo em direção
ao teatro moderno.
O Teatro de feira (La foire
Saint-Germain) eram espetáculos teatrais desenvolvidos dentro das feiras
populares que aconteciam ao redor da Abadia de Saint-German-de-Prés e da igreja
de Saint Laurent, em Paris, e mais tarde da igreja de Saint-Ovide, nos séculos
XVII e XVIII. Como ainda não havia luz elétrica, o espetáculo era representado
durante o dia, por volta das cinco horas, dando tempo suficiente para que a
plateia retornasse as suas casas. Durava, em geral, de três a cinco semanas, em
torno da Páscoa. A partir do século XVIII, passou a ter seu início,
invariavelmente, em fevereiro durando até o domingo de Páscoa. O programa
diário constituía-se de peças curtas e entretenimento variado, assim como
poderia incluir uma peça longa seguida de uma farsa. A música era parte
constante de todos os espetáculos.
O Mambembe era uma companhia de teatro que ia de
cidade em cidade, em carroças, que além de servirem como casa, carregavam os
cenários, os figurinos, a maquiagem, etc. Os atores e atrizes eram chamados de
saltimbancos ou trupes. Representavam peças cômicas ou dramáticas. Perseguidos
pela Igreja e sendo tratados como foras da lei, os saltimbancos começaram a
usar máscaras, para não serem reconhecidos. Uma tradição que descende
diretamente dos saltimbancos é o circo.
Os Sermões Burlescos eram monólogos breves
recitados por atores ou jograis mascarados com vestes sacerdotais.
A Commedia dell'arte era uma forma popular
de representação teatral marcada pela improvisação, comicidade e emprego de
personagens fixos. Surgiu na Itália no século XVI e difundiu-se pela Europa ao
longo dos 200 anos seguintes.
A Comédia Burlesca ridicularizava, por meio da
paródia, da sátira ou da caricatura, as instituições, costumes e valores
sociais. Originalmente, parodiava textos clássicos, como as epopeias,
utilizando uma linguagem zombeteira e exagerada que tinha como finalidade ridicularizar
a obra.Tem-se que a comédia burlesca originou-se a partir da Comédia Dell'arte
italiana.
O Vaudeville é uma comédia entremeada de
árias. Fundamente-se quase que exclusivamente na intriga e no efeito provocado
pelos equívocos, despertando a graça.
A Sottie (de sot = bobo) era uma breve
sátira (construtiva), geralmente de índole política, encenada por personagens
simbólicos: o parvo (tolos), o truão (vagabundo ou palhaço) ou o bobo. Às vezes
os tipos tinham autenticidade e eram até psicologicamente bem construídos.
A Farsa era também uma sátira, mas
diferentes das sottie, porque não tinha intentos políticos. Somente
representava os defeitos, as fraquezas e os acontecimentos cômicos da vida das
pessoas. Histórias de clérigos e feiras eram muitas vezes aproveitadas para
pequenas farsas. Era um espetáculo teatral cem por cento popular.
Teatro de Sombras - antiga arte do teatro
Oriental. As sombras são feitas com as mãos ou mesmo com papéis, numa sala
escura, à luz de uma vela, de uma lanterna ou de uma lâmpada. Os atores fazem
as sombras falarem, dançarem e cantarem.
O Teatro Nô - tradicional forma teatral
japonesa baseada na narração de antigas histórias por meio de movimentos e
danças. Surgido no século XIV.
O teatro Kabuki é um gênero de teatro popular
japonês, caracterizado pela combinação de música, dança, mímica, encenação e
figurinos.
O Teatro de Revista é um gênero de
espetáculo teatral que combina números de música, dança e humor. Muito popular
no Brasil nas décadas de 1930 e 1940.
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